Ela queria era escrever mais.
Andava sem cabeça para sentar e organizar suas idéias.
Mas as histórias continuavam.
Ora moralistas, ora levianas.
Como quem não quer nada, sempre vai criando fantasias e medos.
Depois, transcreve para o papel usando sempre os mesmo utensílio.
Sua máquina de escrever era sua cruz de exorcismo.
A partir dela seus fenômenos mais íntimos podiam ser expelidos.
Ela sabia que de certa forma tocava alguém, mesmo sem a exata compreensão.
Hoje, escreveria sobre morangos. E mofos.