quarta-feira, dezembro 17, 2008

E dizia, finalizando uma conversa num fim de tarde: "É a vida vai vivendo por si só".

terça-feira, dezembro 02, 2008

Ela sabia o que ele gostava. Da fugacidade das coisas. Do cheiro inebriante que ficava no ar. Para ela, longe do mecanicismo que traz o pão: estavam as tardes de domingo. Todas vividas intensamente na doçura de um edredom. Bem distante da vida monótona das baias, da máquina de café. Ela queria mesmo era ouvir Los Hermanos, tomar café coado e viver das pequenas coisas. Da arte, da música, do cinema. Dos imãs de geladeira escolhidos como se fossem sua própria metonímia. Queria mais figuras de linguagem para eufemizar a feiúra dos dias úteis.