sábado, dezembro 30, 2006

... Nenhum balanço sobre o ano nesse último post. Somente a sutileza de um tapa na cara que só Fernando Pessoa pode me dar. Te dar. Nos dar. Talvez isso exprima todos os meus desejos para o novo ano... Que venha 2007. E muito mais.
"Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quem tu és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive".

F. P.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Há sempre o momento. A hora H. Em que se pode dizer sim ou não. Eu ando ficando calada nesses momentos. O nome disso será passividade? Não sei. Só sei que quando esses tais momentos passam, eu corro e venho escrever. Esse blog é o meu inferno e meu céu. Escrever é bom, mas viver, talvez seja mais interessante e sociável. Já sei o nome disso é medo.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Vivendo a monotonia de fim de tarde. Bom: Assisti "Closer". Aqui tem papai, mamãe e HBO. Ruim: Não tem a empolgação dos velhos tempos. O mesmo sofá marrom e a mesma parede verde. Aqui o ócio me permite reparar na decoração. Nas fotos. Na tristeza de alguns com a própria vida ao ver que o tempo passou e as mudanças não vieram. Bom: Hoje eu janto arroz e feijão. Ruim: não, aqui tem caldo Knorr sabor picanha.

domingo, dezembro 17, 2006

Esse ano passou rápido demais. Talvez tenha sido o melhor da minha vida. Talvez o pior. Mas de uma coisa eu não tenho dúvida, foi o mais excitante da minha vida. Primeiro, eu conheci a ECA, esse lugar é a "Terra do Nunca". Conheci um (sub) mundo extremamente intenso de arrepiar cada pelo do meu corpo com o mínimo esforço. Conheci pessoas que serão sem dúvida para vida inteira. Senti falta de muitas coisas. Mas mesmo assim valeu muito a pena. Porque pela primeira vez em 20 anos eu to vivendo um dia depois do outro, tendo a incrível sensação da simples possibilidade. É ótimo acordar e ter a única certeza de que às duas horas eu devo estar na salinha dois.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Estou lendo Budapeste do Chico. Ele é foda e eu queria ser como ele. Ou pelo menos chegar um milimetro perto disso. Mas não dá. Confesso, ele nasceu abençoado, mas também viveu numa época propícia. Um tempo inspirador, por ser repressivo. Voltando ao livro. Fala de um indivíduo que vende a autoria do que escreve e o produto vendido é um escrito à imagem e semelhança do comprador. Mas sobre a imitação mesma como o livro gostaria, uma imitação da imitação, como espelhos a se refletirem numa sala de espelhos, sua única imagem é um fosco, redondo e plano fracasso. Eu diria que a vida literária tem mistérios que o comum da gente não consegue explicar. Para nada esclarecer, ou expressar, esta seria uma boa resposta. Tentemos as más respostas, em razão, até, da sua sinceridade.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Seria trágico, se não fosse cômico. (ou será o inverso?)
Comendo até as migalhas daquele pão, que aquele-que-não-deve-ser-nomeado comeu. (é eu to lendo Harry Potter)
Vivendo a espera de um milagre, chamado "férias". (é eu to cansada)
Só queria nesse momento, deitar naquela cama antiga, do lado daqueles quartos, onde dormem as pessoas que eu mais amo nessa vida. Eu enlouqueço só de pensar que eu estou me acostumando com a ausência desses seres, dessa vida. (é eu to saudosista)
Num dá nada, meio dia eu pego o "cidade universitária". (pronta para um novo dia)

sábado, dezembro 02, 2006

O amor é o vício dos loucos. Lúcidos de vida. A menina ama, mas o mundo não compreende os amantes. Há empecilhos. Sempre haverá. Mas haverá também as rosas. E a vida vai vivendo. A menina vai amando. Os pássaros cantam sua bossa nova. Um olhar. Uma fração de eternidade. Do paraíso dos olhos da menina que ama. Será que sou amada? Eis a questão. O sentimento sentido pelo outro é o mistério da vida. A aparência nega a essência do amante. Mundo de incertezas. Existe o muro que nos separa da concepção do outro. O segundo que te faz sentir amado pode ser o que alguém te odeie. A menina pensa e tudo volta a ser música de Chico. Embalada de paixão.