quinta-feira, setembro 27, 2007

Ela sabia que ainda não era a hora de voltar a terra do nunca. Era preciso aguentar firme. Era necessário esquecer aquela voz que vinha ao seu pé do ouvido e dizia: Hey, cadê aquela menina de sonhos? Assim, acreditava que um dia (não tão distante) poderia mandar tudo pro espaço. Afinal, a vida é um eterno silêncio que precede o foda-se.

sábado, setembro 15, 2007

Não há mais nada a dizer.
Apenas a expectativa pulsava seu coração e movimentava o seu corpo. Há muitas pessoas especiais. Há causas diárias para abafar o abismo entre o que se é e aquilo que se quer ser. Naquele momento, ela queria era carregar todo o sentimento do mundo em sua mochila. Ela queria também saber explicar o que sente. Por dentro, aquilo às vezes lhe causava dor de sair. O regorgitar da alma é doloroso, mas ela sabia que as borboletas viriam depois.

domingo, setembro 09, 2007

Eu gosto de você e não sei bem o porquê.
Vai ver que é o bem que você me faz
O meu bem querer.
Vai ver que é o susurro breve seu no meu
Enquanto meu mundo for parte do teu
Viverei de amor: simples assim
Sem buscar entender o tal porquê.

quinta-feira, setembro 06, 2007

É duro conhecer a São Paulo das seis da tarde. Não é bonito, nem cheira bem. Nessa hora, aquela solidão particular bate. O mesmo sentimento é compartilhado pelos que estão nos carros, de ônibus ou a pé. Esse fim de tarde é triste, porque todos estão apáticos, pedindo roupa lavada com cheiro de Comfort. Nesse momento, eu sempre me questiono sobre tudo. O meu referencial de felicidade muda, minha paixão pelo cinema cresce, a vontade de conhecer o desconhecido aumenta. É o instante em que eu penso: putz, poderia ter feito outra coisa da vida.
Tudo isso dura mais ou menos uma hora. E quando passa, eu volto a admirar a selva de pedra e todas as descobertas (internas e externas) que ela me permite.