domingo, maio 20, 2007

Ando vivendo uma vida estranha. Contraditória. Ao mesmo tempo que morro de felicidade, sinto uma tristeza que me persegue e faz meus cabelos cairem. Não sei se é reflexo do sofrimento de alguém, pois aqui dentro não há lamúrias. Quando eu digo de alguém, são aquelas pessoas que mesmo longe, de certa forma me influenciam, como se todos os dias me acordassem com um sussurro leve e maternal. A Júnior está acabando e isso me assusta, porque terei de cuidar de mim. Avaliar milimetricamente os meus reais problemas. E ajudar mais, escutar mais e viver mais os problemas que hoje eu tanto evito. Evitar é uma forma de não perder o foco. Então, perdoe-me pela ausência e o pelo nó na garganta que muitas vezes me impede de falar. Quando tudo isso aqui passar, eu volto por inteiro e a gente vai poder comer pão do Zappas e tomar Coca-cola gelada todo dia.

quarta-feira, maio 16, 2007

Vocês precisam conhecer o Canil.
Em dias de festa, sempre tem uma badinha simpática (ou não) tocando
As pessoas dançam como se o momento fosse único
Ele tem um quê de idealismo de 70
Um jeito assim meio "todas as conversas de uma revolução começaram aqui"
Parece berço de protesto, mas ainda cheira casa de cachorro
A estética é urbana, suja, ousada.
Mas, esquece tudo que eu disse,
Quando você ver do que trata
Não vai dar nada.

domingo, maio 13, 2007

O tempo passa rápido pra caralho. Aqui, a acidez paulistana vira leite condensado. Porque não é um ano, alguns dias, é a história contada desde o lápis até o blog. Daí, a gente se olha e só hoje entende o quanto é bom se olhar. E eu agradeço ao papai do céu pelos amigos verdadeiros, esses de longa data. Porque nem tudo na vida é tão intenso como o retorno fiel de uma amizade cultivada com fondue na casa do Lô. Obrigada pessoas.

quinta-feira, maio 10, 2007

Quando eu vim para "Sampa", tive a grande sorte (leia:mordomia) de vir com carro. Passei uma ano perambulando por vários cantos dessa cidade maluca. Saia de casa sem nem saber o caminho direito e sempre dava tudo certo. Ok... foi bom enquanto durou. Agora eu descubro novos ares. Meu carro voltou para Rio Preto, por motivos pessoais (leia: eu sempre achei que era um desperdício, dá muito bem para se virar com vinte e poucos anos). Todos os dias eu desço a ladeira, pego um Circular 1. É uma sensação única (leia: tudo bem... eu sou uma ecana que vê epifanismo em tudo). Mas é sério. Primeiro que, o fato do circular ser de graça, a gente vê muita coisa para um dia só. Estudantes, crianças, idosos, mulheres discutindo qual o melhor método contraceptivo, funcionários reclamando, etc (leia: vários etc). Ás vezes, eu pego o circular 2, ele dá uma baita volta. E eu percebo o quão cosmopolita a Cid. Universitária pode ser. Vejo mil tipos, cada departamento com o seu way of life, pessoas correndo, animais perambulando sem rumo, fico lendo os escritos nos pontos e vejo a agonia nos olhos de alguns. Daí eu me lembro o quanto meu sonho (leia: passar na USP e ser orgulho da família) não combinava com isso, não pensava exatamente que ia ser assim, cheio de árvores e greves. Mas apesar dos pesares, ainda me sinto especial (leia: viu, André?) por estar aqui no perrengue e na alegria de cada dia. É do caralho fazer parte disso. Passar pela FAU, depois pelos bancos e avistar ao longe a minha nova casa. Porque aqui eu me descubro e me permito. Aqui eu me sinto muito bem, obrigada. Por isso, mãe e pai não se preocupem comigo. Estar sem carro não é o grande problema. É só uma descoberta, como tudo na vida.

quinta-feira, maio 03, 2007

Depois daquela viagem ela cantava Beija eu pelos cantos. Uma bolha cósmica protegia aquele lugar, aquelas pessoas, mesmo que o para sempre, sempre acaba. O que os une é um eterno retorno eterno e mil momentos da verdade. O que a faz tão mágica são as datas. Os dias marcados milimetricamente numa tabela imaginária. O que a faz importante é o fato de ser tão vida que não cabe em mim.