domingo, abril 13, 2008

Ela sabia que de fato tudo seria previsível.

Juntos seguiriam exatamente a receita, passo-a-passo.
Saberiam o porquê de todas as brigas e as palavras a serem ditas no momento do perdão.

Tinha certeza dos momentos de silêncio: o não-entender eterno.
Isso, ela guardaria para seus livros e discos.
Para seus filmes imaginários, com trilha sonora previamente definida.
Sua arte particular autobiográfica.

Todo esse universo tinha uma intersecção exata com ele.
Algumas coisas ficavam de fora, deveriam ser adaptadas.
Mas, o ponto de encontro fazia com que que todas as diferenças fossem esquecidas.