quarta-feira, abril 25, 2007
Da vontade de dizer as coisas mais loucas que passam pela minha cabeça, veio o blog. Eu chamo de um exorcismo diário. Porque para mim a tristeza vem com ausência da fala e a grande depressão é aquela que impede a tua comunicação e consome teu pensamento mais criativo. Eu sinto uma necessidade enorme de dizer. Não ser. Pois, comunicar é algo vital, mesmo quando o que eu digo não é compreendido. O melhor ainda está nas entrelinhas. Ou não. Por isso, se você escolheu entrar nesse meu mundinho particular, compartilhe comigo também suas principais felicidades e agústias. Só assim serei humana, no significado mais pleno que a palavra pode assumir.
domingo, abril 22, 2007
Quando se pára para pensar na vida, ela vem como um solavanco. Esses dias em uma típica conversa de bandejão, certos questionamentos bastaram para que eu largasse aquela bandeja prateada. Conversávamos sobre o jeito "foda" de ser de alguns, quando me senti estúpida por não ter um grande conhecimento sobre algo. Não tenho medo de não conseguir trabalhar na W e afins. Meu maior medo é não provar para meu sempre insatisfeito infinito particular, que eu fui capaz de algo notável. Isso não é para parecer propaganda da Walker. Não me pergunte mais o que será de mim depois da Júnior. Eu não sei se quero atendimento ou planejamento. Não gosto das divisórias que a vida profissional impõe. E o cansaço também. Mas me espera sempre no fim de tarde, com um sorriso no rosto e aquela conversa.
quinta-feira, abril 19, 2007
terça-feira, abril 17, 2007
Os livros da estante hoje não têm mais tanta importância. Eu diria coerência. Das rosas brancas surgem um choro sutil. Um soluço. Agora ele não pedirá mais três cachorros. "Dois pra viagem". Ele está sem o seu cheirinho. Existem cenas que a nossa mente teima em não esquecer. Isso nos faz dar mais valor a tudo. Ao toque, principalmente. Aos olhos, na cor azul. A infância, essa roubada de forma cruel. Saudades, Campeão.
domingo, abril 15, 2007
Da vontade que sobe dos pés a garganta. Do amor que quase acontece de vez em quando. Da água que escorre depois do banho. Da sensação de clareza depois de um epifanismo barato. Do cheiro de roupa limpa com Fofo. Da alegria por ter realizado alguns sonhos nessa vida, sem precisar ganhar na mega sena. Do vermelho nas unhas. Do verde nas poltronas. De tudo aquilo que vale realmente a pena, quando a solidão e o silêncio bate.
sexta-feira, abril 06, 2007
Ela sabia que não precisava ser o tempo todo feliz. Por isso, assim vivia, sempre no quase a maior parte do tempo. Mas aquele beijo lhe enche de vida. Tinha raros momentos (ela gostava do fato de serem "raros") que subia um arrepio dos pés a cabeça. Sinal de felicidade. Aquela que passa, quando a gente compreende. Mas sentir é o melhor de tudo. É menos racional. Intenso, como tudo que as palavras não se encaixam.
terça-feira, abril 03, 2007
Saudades daquele bucolismo terno
Na cor caramelo
Doce
Saudades daquela vida vivida no alpentre
Das cadeiras de fio que deixavam marcas nas costas
Saudades do chão
De brincar de molhar a terra
Dos castelos de sonhos
Saudades das raízes
Aquelas que mesmo distantes
Ainda me prendem ao chão
Hoje de concreto, não mais, terra.
Na cor caramelo
Doce
Saudades daquela vida vivida no alpentre
Das cadeiras de fio que deixavam marcas nas costas
Saudades do chão
De brincar de molhar a terra
Dos castelos de sonhos
Saudades das raízes
Aquelas que mesmo distantes
Ainda me prendem ao chão
Hoje de concreto, não mais, terra.
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