Longe de casa, ficava mais próximo de seu coração selvagem.
O gosto, o cheiro, os rostos: tudo agora tinha ares estrageiro. Falta aquela sensação de colchão no canto da sala. Faltam as conversas rotineiras e os olhares de compreensão. Para compensar: converse ao máximo com as pessoas, pois isso lhe trará histórias e universos mil. É incrível: quanto mais universal, mais pessoal e intransferível. Estar distante de casa só o faz ter mais certeza de que estar em casa é a sua única e melhor certeza. Quando voltar vai querer comprar uma casa no campo, para guardar seus amigos, seus livros e discos. E nada mais.
(Texto para alguém muito especial, que está longe).
quarta-feira, dezembro 19, 2007
domingo, dezembro 16, 2007
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Ela queria era desconhecê-lo todos os dias. Queria sentir a sua respiração suave como se fosse a primeira vez. Queria o encontrar dos olhos, de um jeito ainda misterioso de transparecer aquilo que sente. Queria as risadas mais verdadeiras, durante as conversas mais toscas. Ela gostaria mesmo que tudo sempre fosse novidade. Mas uma novidade simples, quase minimalista nas palavras e gostos. Queria a vida mais vida, como café coado na esquina.
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